"Mãe… Fiz o que me pediste!
Fui a uma festa e lembrei-me do que me disseste. Pediste-me para não beber álcool… Então, bebi uma Sprite.
Senti orgulho de mim mesma e do modo como me disseste que me sentiria e que não deveria beber e conduzir.
Ao contrário do que alguns amigos me disseram, fiz uma escolha saudável, e o teu conselho foi o mais correcto.
Quando a festa finalmente acabou e o pessoal começou a conduzir sem condições, eu fui para o meu carro na certeza de que iria para casa em paz…
Mas eu nunca poderia saber o que me esperava.
Agora estou deitada na rua e ouvi o polícia dizer: - O rapaz que causou este acidente estava bêbado.
Mãe, a voz parecia-me tão distante… o meu sangue está escorrido por todos os lados e eu estou a tentar com todas as minhas forças não chorar.
Posso ouvir os paramédicos dizerem: - A rapariga vai morrer! – Tenho a certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia, ele decidiu beber e conduzir e agora eu vou morrer! Então porque as pessoas fazem isto, mãe, sabendo que isto vai arruinar vidas?
A dor está-me a cortar como uma centena de facas afiadas. Diz à minha irmã para não ficar assustada.
Mãe, diz ao papá que ele seja forte e quando eu partir, escreva “Menina do Pai” na minha sepultura.
Alguém deveria ter dito àquele rapaz que é errado beber e conduzir. Talvez, se os seus pais lho tivessem dito, eu ainda estivesse viva, ao pé de vocês.
A minha respiração está a ficar mais fraca, estou realmente a ficar com medo… Estes são os meus momentos finais e sinto-me tão desesperada…
Eu gostava tanto que me pudesses abraçar mãe, agora, enquanto estou esticada aqui a morrer, gostava de poder dizer que te amo, mãe!
Então… Amo-te e… Adeus! "
Estas palavras foram escritas por um jornalista que presenciou o acidente.
A jovem, enquanto agonizava, ia-as pronunciando e ele foi-as anotando.
Posteriormente, este repórter iniciou uma campanha contra o álcool nas estradas e contra este tão elevado número de mortes, percorrendo todo o Mundo.
Contribua também para que diminuam as mortes nas estradas!
"Se conduzir, não beba!"
Constança Amaral, nº14,
e Beatriz Albano, nº4 (9ºH)